Cipó da região: maratonista está a dois minutos do índice olímpico e vai em busca, após vírus passar

Colunistas Esportes Márcio Silvio

O coronavírus coloca o esporte mundial em blecaute e o atletismo sente o baque ao fechar o calendário. Sim, há expectativas de retomada a partir de maio mas sem garantias. Isso afeta demais o preparo do atleta de alto nível e que está na rota para Tóquio 20.
Por fim, os próprios Jogos Olímpicos estão ameaçados, ainda que o Comitê Olímpico Internacional siga confirmando o evento. No entanto, agora com o quadro evoluído a pandemia, o COI já considera a possibilidade de adiamento e recebe sugestão do governo americano para que a Olimpíada fique para 2021.
Correndo centenas de quilômetros diários em Santana de Parnaíba, o maratonista Wellington Bezerra, o Cipó, se concentra a cada passada rumo a Tóquio mas também ligado nesse noticiário. Ele é o terceiro melhor do ranking brasileiro e com boas chances de buscar a terceira vaga olímpica.
Na primeira semana de abril, Cipó estaria embarcando para a Maratona de Hamburgo marcada para o dia 19. Claro, tudo cancelado. Mas com o cancelamento da maratona e com a própria Olimpíada em jogo, Cipó entra num treino emocional forte para não deixar a frustração pegar. “O jeito é seguir o planejado e manter o foco”, resumiu o maratonista, dizendo estar na torcida para que a humanidade vença o vírus.Sim, essa torcida é mais que necessária porque a doença é global e, no momento, tem o Brasil também como hospedeiro. A Confederação Brasileira de Atletismo cancela a agenda competitiva em todo território e, naturalmente, tranca as agendas internacionais. Quanto a Cipó e a Maratona de Hamburgo, há expectativas moderadas para maio.
Mesmo que até lá a Europa esteja limpa, pode ser que no Brasil o quadro ainda esteja pesado porque o Ministério da Saúde estima que o pico da infecção se dará em abril. Portanto, Cipó entende que não há mesmo como garantir nada mas diz manter a fé e o pensamento positivo.
O planejamento de Cipó é bater dois minutos abaixo da marca que registrou na mesma prova em Hamburgo, ano passado. Ele cruzou a chegada com 2h13min34 sendo que o índice olímpico é 2h11min30. Portanto, o tempo dos sonhos do maratonista é fazer Hamburgo com 2h10min. No ranking brasileiro, o pernambucano está atrás dos já olímpicos Daniel Chaves que tem 2h11min10 e do líder Paulo Roberto de Paula com 2h10min08.

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