Hoje inicio a minha coluna comentando o processo que a cantora Claudia Leitte terá que responder por assédio moral, movido pelo músico-percussionista Durval Benicio da Luz filho onde ele pede R$ 2,3 milhões de indenização.
Nesse processo ele ainda cobra direitos trabalhistas durante os 22 anos que trabalhou com a cantora. Ele alega que desenvolveu surdez nos palcos, colocou a família em risco ao pegar Covid 19 em um dos shows e passou a ser excluído de apresentações sem aviso prévio.
Durval Benicio da Luz Filho também acusa Luciano Pinto, produtor musical de Claudia Leitte de hostilizá-lo. Em uma audiência virtual realizada em 15 de agosto, o percussionista apresentou documentos, vídeos e fotos para reforçar a sua versão.
Claudia Leitte não esteve presente, mas foi representada pela advogada Carolina Agostineli Rodrigues e pelo pai Claudio de Oliveira Inácio. A descrição da audiência mostra que a defesa da cantora pediu que o prazo para apresentação de provas da artista fosse estendido por mais 48 horas (Excedido em 17 de agosto.
Um dos documentos apresentados pelo músico é um exame de audiometria, que atesta a surdez parcial dele em decorrência do trabalho. Mas a defesa da cantora contestou as provas, para demonstrar que o ex-funcionário não participava de todas as apresentações como ele alega no seu depoimento.
Durval Luz contou ao Notícias da TV que trabalhou com Claudia Leitte de 2001 a 2008 na banda “Babado Novo”, e seguiu com a equipe de carreira solo da cantora. Os problemas teriam começado com atitudes hostis de Luciano Pinto, diretor musical da cantora. Luz afirma que o empresário o prejudicou com ameaças veladas, onde ele alertou Claudia Leitte, mas nada foi feito.
Durval Benicio da Luz Filho, foi claro no seu depoimento, que desde a época da banda era tratado como cachorro, como lixo, como mendigo como se não tivesse estudado para desenvolver seu trabalho como músico. Um dos últimos trabalhos dele e da cantora juntos foi em dezembro de 2021, na virada do ano. Ele acusa a cantora de irresponsabilidade por não seguir os protocolos contra a Covid 19.
Em um período pós-pandemia, muitos ficaram sem trabalhar e precisaram retornar o quanto antes às atividades. O resultado, segundo ele, foi uma contaminação em massa do vírus entre os funcionários que estavam em um voo fretado e o caso teria sido abafado para não gerar repercussão. O ex-funcionário aponta também no processo que em 2018 todos da banda foram obrigados a se cadastrar como pessoas jurídicas para receberem os pagamentos: Queriam se resguardar para dizer que não tinham vínculo empregatício, acusa o ex- funcionário.