Desrespeito à gestão democrática: Comunidade escolar do Colégio JGV de Osasco denuncia ato arbitrário do Dirigente Regional de Ensino
Por – Luiz dos Reis
No último dia 13 de maio, data marcada pela memória da luta contra a opressão no Brasil, a comunidade da Escola Estadual José Geraldo Vieira, em Osasco, foi surpreendida com a notícia da demissão da diretora Simone Tavares Techima. A decisão, tomada pelo Dirigente Regional de Ensino, Ariovaldo Guinther, gerou forte indignação entre alunos, pais, professores e demais membros da instituição, sendo considerada um ato de desrespeito à gestão democrática e à trajetória de sucesso construída pela diretora ao longo dos últimos anos.

A justificativa oficial apresentada por Guinther para a demissão baseou-se em uma suposta estagnação das notas no Saresp e no não cumprimento de metas do governo estadual relacionadas ao uso de plataformas digitais. No entanto, dados apontam que a escola obteve, na verdade, o melhor desempenho da rede pública municipal no Saresp, ficando atrás apenas de algumas escolas particulares. A alegação de que a escola ficou dois décimos abaixo da meta estipulada levanta questionamentos sobre a real motivação do afastamento.

A gestão de Simone Tavares Techima era reconhecida por fomentar uma educação humanizada, pautada no protagonismo estudantil e na valorização da autonomia pedagógica e no diálogo com todos os setores da unidade escolar. O índice elevado de alunos egressos da escola ingressando em universidades públicas é um reflexo direto dessa proposta educacional. Famílias, inclusive, têm migrado seus filhos de escolas particulares para o JGV, em busca de um ambiente escolar acolhedor e de qualidade.

O modelo imposto atualmente pela Secretaria de Educação do Estado de São Paulo, focado excessivamente em atividades digitais e metas quantitativas, tem sido criticado por sobrecarregar alunos e reduzir o espaço para a aprendizagem significativa. Na escola JGV, esse modelo vem sendo contestado justamente por não dialogar com as reais necessidades pedagógicas dos estudantes e da comunidade.
A decisão do dirigente regional é vista como um ataque à autonomia escolar e à gestão participativa, princípios garantidos pela Constituição Federal. O afastamento de uma gestora admirada, sem diálogo com a comunidade, representa um retrocesso no processo democrático que deve nortear as instituições educacionais públicas.

Diante disso, a comunidade do JGV exige a reintegração de Simone Tavares Techima à direção da escola. Em carta aberta, professores, estudantes, pais e funcionários expressam repúdio ao que classificam como um ato arbitrário e tecnocrático, exigindo respeito à história construída coletivamente. O apelo é por uma educação mais justa, humana e democrática — valores que, segundo os membros da escola, estão sendo ignorados por políticas educacionais que priorizam números em detrimento de pessoas.

A crise instaurada evidencia a necessidade urgente de repensar a forma como decisões são tomadas nas escolas públicas e o papel das diretorias regionais. O episódio na Escola Estadual José Geraldo Vieira é um chamado à reflexão sobre o tipo de educação que queremos construir: uma que respeite a comunidade escolar ou uma que imponha metas desumanizadas sem considerar o contexto local e os avanços conquistados.
Tenho uma sobrinha que tem filhas gêmeas, as tirou de uma escola particular e as matricularam no JGV, e disse que as meninas estão amando a escola estão se sentindo muito acolhidas pelo corpo docente e os novos colegas o que não acontecia na escola particular. Não conheço essa diretora, mas acredito que realmente ela vêm fazendo a diferença. Espero que essa movimentação chegue aos olhos de superiores e façam a reintegração da diretora. OS ALUNOS, PAIS E A COMUNIDADE PRECISAM SEREM OUVIDOS.
Para ser demitido do Estado é só você trabalhar, não ter faltas, ter responsabilidade e fazer o seu melhor para o bem comum! Sendo assim, o governo, só valoriza o funcionário vagabundo, que toda semana apresenta um novo atestado, não faz seu trabalho, atrapalha a equipe , etc!! Por isso que a escola pública é tão desvalorizada!! O próprio patrão não dá valor ao bom funcionário e mantém os que não prestam!! Como é que esse país vai pra frente assim???
Como que eles equiparam a nota do Saresp municipal e a nota do Saresp estadual? São contextos diferentes. As vezes, no município, aquela comunidade escolar pode ter tido um.excelente desempenho, mas quando foi para o estado, fatos novos aconteceram e mudou a realidade escolar ué.
Essa notícia está muito contraditório e tendenciosa.