Em Osasco, Ciro Gomes, candidato a presidente, visitou fábricas e conversou com operários

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O candidato do PDT à Presidência, Ciro Gomes, afirmou nesta sexta-feira (19) que se eleito não vai se submeter ao Centrão – conjunto informal de congressistas conhecido por dar sustentação ao governo, indicar cargos no Executivo e ter maior participação nas indicações de recursos orçamentários.

Ciro deu a declaração durante ato de campanha em Osasco, onde visitou fábricas e conversou com operários.

Durante entrevista a jornalistas, o pedetista foi questionado se, em um eventual governo, se tornaria uma “tchutchuca do Centrão”, uma referência ao episódio desta quinta-feira (18), em que o presidente Jair Bolsonaro se envolveu em uma confusão com um youtuber em Brasília.

Ciro disse que, desde 1989, os presidentes eleitos se aliaram ao Centrão e que esse modelo político de governança “eterniza a crise”. O pedetista declarou que em um eventual governo vai negociar com os parlamentares eleitos “à luz do dia”.

“Nós elegemos o primeiro presidente em 1989, o Fernando Collor governou com essa gente e foi cassado. Fernando Henrique Cardoso governou com essa gente e o PSDB nunca mais ganhou uma eleição nacional. O Lula governou com essa gente e foi preso. A Dilma Rousseff governou com essa gente e foi cassada. O Michel Temer governou com essa gente e foi preso. O Bolsonaro está governando com essa gente e está desmoralizado”, afirmou.

“Eu vou propor um outro caminho, um outro modelo de governança pra encerrar essa historia de que a Presidência da República do Brasil é a testa de ferro da quadrilha de ladrões que assalta nosso pais eternamente”, acrescentou Ciro.

O candidato do PDT vai disputar as eleições deste ano sem o apoio de nenhum partido. Ciro tentou negociar com outras siglas, como o União Brasil e o PSD, na tentativa de compor uma aliança para a corrida ao Palácio do Planalto, mas não obteve êxito. Restou ao PDT formar uma chapa “pura”, com Ana Paula Matos como candidata à vice.

“Eu digo que eu dialogo com quem o povo eleger. Apenas a base do diálogo não será a corrupção nem a fisiologia. Quem o povo eleger eu vou negociar. Só que eu vou negociar à luz do dia, envolvendo uma mediação dos governadores e prefeitos, que tem muito mais força que os lobbys e grupos de pressão que orientam a fisiologia e a corrupção”, declarou Ciro nesta sexta-feira.

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