Estamos retomando e agora?

Colunistas Erica Rodrigues

Aos poucos a vacinação está avançando e algumas empresas estão voltando à sua rotina de trabalho no escritório, assim como a vida na rua tem voltado a acontecer.

Primeiro, quero deixar claro que nesse texto não vamos falar sobre ser certo ou errado e nem entrar em questões políticas, estamos apenas falando de fatos e como sempre digo nessa coluna, precisamos nos basear em fatos e ter nossa cabeça no momento presente para sermos mais saudáveis emocionalmente.

Nesses últimos 15 dias percebo muito no consultório e nas minhas redes sociais que as pessoas têm começado a ficar com medo de sair de casa e tendo crises de ansiedade.

A maioria da população ficou a maior parte do tempo em casa, então ficaram super protegidos e sem os estímulos externos, como trânsito e transporte público lotado. Logo, é natural que essa retomada gere desconforto.

O medo nesse momento tem uma dose saudável, que é a dose da proteção, o fato de ter medo ajuda a definir quais estratégias as pessoas precisam adotar para se sentirem mais seguras, como por exemplo – não sair de casa sem máscara e conferir se tem álcool em gel na bolsa. Evitando assim maiores impactos emocionais

A parte ruim do medo é você paralizar, o medo ser tão forte ao ponto de você não conseguir sair de casa ou ter crises ansiosas, lembrando que os sintomas são: taquicardia, sudorese, respiração ofegante, sensação de tontura, choro, angústia, entre outros.

Nesses casos existem algumas ferramentas importantes:

  1. Pare e respira!;
  2. Tente pensar em quais estratégias você pode utilizar para se sentir seguro(a);
  3. Entenda que o que está acontecendo não é apenas com você, nesse momento milhares de pessoas no mundo estão vivendo a mesma história (geralmente em crise ansiosa a pessoa pensa que só ela tem um problema, por isso que normalizar pode ajudar);
  4. Acolha suas emoções e não tente fugir delas se distraindo, a distração é a fuga, a rejeição da emoção e isso não faz com que o medo passe, pelo contrário na hora de voltar para casa pode ser que fique mais forte.

Se por acaso você perceber que não está conseguindo sozinho(a), não espere passar sozinho, essa situação pode durar muito tempo e ampliar seu sofrimento ao ponto de desenvolver um transtono, procure uma avaliação psicológica e/ou psiquiatrica.

Só mais um pouquinho de paciência! Isso vai passar!

E lembre-se a melhor estratégia nesse momento para os impactos emocionais do vírus, também é a proteção, use máscara e tenha sempre um álcool em gel.

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