Hora de separar os homens dos meninos

Copa do Mundo Luis Marcelo Bigatto

O momento decisivo é recheado de diversos ingredientes e que transforma o futebol no esporte mais emocionante do planeta. A emoção é carregada extremamente de muita paixão, com uma bela dose de passionalidade.

Quem nunca perdeu a razão assistindo o seu time do coração? Atire a primeira pedra aquele que nunca esculhambou o craque da sua equipe e no lance seguinte, chorou de felicidade com o mesmo jogador, marcando gol no momento mais importante de um campeonato.
Sim, somos intensos, completamente apaixonados pelo futebol. O caso de amor do torcedor com a Seleção Brasileira na Copa do Mundo não tem explicação, até porque, o amor não se explica, ele apenas é vivido. Criamos histórias, encontramos uma desculpa perfeita, imaginamos cada teoria da conspiração, que nem mesmo os melhores escritores do cinema americano seriam capazes de contar.
Como não lembrar das inúmeras histórias contadas após uma derrota do Brasil. “Ronaldo teve convulsão porque o Brasil vendeu a Copa de 98”, “A contusão do Neymar não existiu, era tudo fingimento porque a Copa foi vendida para a Alemanha”, histórias mirabolantes, que não passam de lendas brasileiras, com o único objetivo, tentar superar a dor de uma derrota.
Mais uma vez, o Brasil vive essa intensidade, novamente a Seleção Brasileira está onde muitas gostariam. O Brasil vai escrever mais um capítulo na sua história de sucesso. Afinal é o único pentacampeão mundial e que disputou todas as copas. E na próxima segunda-feira, diante do México, tem pela frente as oitavas de final da Copa do Mundo.
O momento decisivo é único, é hora de separar os homens dos meninos, não tem espaço para erros, não existe mais segunda chance. A morte súbita entra no jogo e quem tiver mais competência triunfa.
O Brasil conta com um time muito bem organizado dentro de campo e com jogadores talentosos, casos de Coutinho, Neymar, Marcelo, Gabriel Jesus entre outros. Mas a partir de agora será preciso aquele algo a mais, só a qualidade técnica não vai bastar, o Brasil vai precisar ser muito mais intenso do que foi até agora no mundial.
Isso significa uma aplicação tática implacável, com marcação alta e atacando a bola o tempo todo. Tite é um técnico muito experiente e já viveu situações semelhantes e tenho convicção que saberá transmitir essa mensagem aos seus comandados.

O convidado especial Luis Marcelo Bigatto é radialista da Rádio 105 FM e colunista do Correio Paulista

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