Após 15 dias afastada, Lili Aymar (PDT) voltou ao cargo de prefeita de Araçariguama (SP) nesta segunda-feira (25). Ela obteve na Justiça uma liminar que anula o decreto de cassação do mandato feita pelos vereadores no dia 7 de fevereiro.
Desde então, o vice João Batista Júnior estava à frente do Executivo. Entre as justificativas apresentadas para a Justiça por Lili, era de que o sorteio na Câmara para escolher os vereadores da Comissão Processante foi manipulado, pois todos seriam da oposição.
A prefeita foi investigada na Câmara de Vereadores por uso irregular de dinheiro público no aluguel de duas casas para o funcionamento de escolar municipais, que nunca abriram as portas. O aluguel foi pago durante nove meses e custou aos cofres públicos cerca de R$ 40 mil.
Na decisão a favor de Lili, o juiz afirmou que o processo de cassação foi “aparentemente fraudado”. O vereador Moacir Godoy, presidente da Câmara, disse à TV TEM que respeita a decisão, mas que não concorda. Ele afirma que a cassação foi legítima com base nas investigações da comissão.
Desde que surgiram as denúncias, Lili Aymar negou as irregularidades e disse que o processo de cassação foi fraudulento, resultado de uma perseguição política.
Sobre a formação da comissão, a Câmara de Araçariguama informou que todo o processo de cassação seguiu a lei. O presidente Moacir Godoy disse também que não houve nenhuma interferência no sorteio dos membros.