Fonte: R7
Não tinha porque acontecer isso.” Familiares de Eduardo Silva, de 21 anos, um dos nove jovens mortos durante uma ação da polícia militar na favela de Paraisópolis, na zona sul de São Paulo, na madrugada de domingo (1º), no baile da Dz7, receberam com desespero a notícia de que o garoto não voltou da festa.
Uma cunhada do jovem, que preferiu não se identificar, afirma que Eduardo deixou um filho de dois anos, Mateus Silva. “Como vai ser agora? Na hora que recebei a notícia fiquei pensando no que dizer quando ele perguntar do pai. Como vou explicar o que aconteceu”, disse ao R7, site de notícias da Record TV.
Morador do bairro Cidade Ariston, em Carapicuíba, Eduardo morava com a mãe, o pai, uma irmã e o filho. Segundo a cunhada, ele trabalhava com o pai em uma oficina de carros e nunca teve nenhum envolvimento com a polícia.
“Fiquei sabendo ontem que ele foi no baile e não voltou”, diz a cunhada. “Minha mãe me mandou mensagem para avisar e disse que minha irmã ligou desesperada para ela dizendo que o Eduardo morreu”, conta. Segundo ela, ele era um jovem alegre e que gostava de jogar bola.
“A gente gostava de ficar brincando quando ele ia em casa nos fins de semana. Ele era muito gente boa, não tinha porque acontecer isso”, disse emocionada. A jovem afirmou ter visto vídeos que circulam nas redes sociais com cenas de violência policiais durante as abordagens de jovens já rendidos. “Pelos vídeos, vi eles agredindo meninas.”
A cunhada de Eduardo Silva diz que já perdeu amigos em abordagens policiais e agora recebe a notícia da morte do cunhado. “Agora fica a lembrança e a saudade. Ele era um bom menino.”