Canjica, pipoca, curau, pamonha, cuscuz, bolo de fubá… Aposto que ao ler esses nomes, você logo se transportou para uma festa junina, talvez tenha até dado água na boca. As festas juninas, são uma das celebrações mais esperadas no Brasil, principalmente, pelas comidas típicas, e o milho é o verdadeiro protagonista. Esses pratos tornaram símbolos dessa celebração, reunindo sabores que mostram a diversidade e riqueza cultural do nosso país.
Mas você já parou para pensar por que o milho ocupa esse lugar especial nessa época?
As festas juninas, possuem origens relacionadas às festividades agrárias que marcam o verão no hemisfério norte e estão atreladas a datas religiosas como o Dia de São João. No Brasil, junho coincide com a época da colheita do milho, o que torna esse alimento mais presente nas mesas e celebrações. Pamonha, milho verde, canjica, são preparações cotidianas em comunidades rurais e carregam a força da agricultura familiar, preservam a cultura, memórias e saberes desses povos.
O milho, cereal de origem mexicana, já era cultivado pelos povos astecas e maias. No Brasil, sua chegada foi anterior a dos colonizadores, já sendo cultivado pelos indígenas e consumidos na forma de farinha e canjica. Versátil, o milho alimenta humanos e animais, e possui um valor nutricional importante, é rico em fibras e vitaminas do complexo B, nutrientes essenciais para o metabolismo e funcionamento do sistema nervoso.
Neste último final de semana de junho, permita-se celebrar esse alimento que carrega história e cultura. Festa Junina não é sobre calorias, é sobre celebração da cultura brasileira, por meio da comida, música e dança.
Dedico esta coluna de hoje aos meus familiares de Campina Grande, onde acontece o maior São João do Brasil.
