A defesa dos pais de Larissa Manuela Santos de Lucena, menina de 10 anos assassinada em Barueri, protocolou um pedido de exumação do corpo na Justiça. O objetivo é realizar um exame pericial complementar com foco na identificação de possíveis sinais de abuso sexual, hipótese que não teria sido investigada no laudo inicial.
Segundo o documento, obtido pela CNN Brasil, surgiram indícios relevantes que apontam para a possibilidade de violência sexual antes do homicídio. A defesa afirma que o exame necroscópico feito inicialmente não analisou esse aspecto de forma específica, o que motivou o novo pedido.
Itens solicitados na petição
O pedido inclui:
- A exumação do corpo no Cemitério Municipal de Barueri;
- A designação de peritos do IML para realizar a necropsia complementar;
- A coleta de material biológico com foco perineal/genital;
- A inclusão do novo laudo aos autos e prioridade na tramitação do pedido.
A solicitação se baseia em depoimentos e informações extraoficiais recebidas pela família, que indicariam necessidade de aprofundar a investigação.
Padrasto confessou o assassinato
O caso ganhou repercussão nacional após o padrasto da vítima, Diego Antonio Sanches Magalhães, confessar o crime à Polícia Civil de São Paulo. Ele afirmou que matou Larissa após ela tê-lo chamado de “corno”.
Segundo o depoimento, Larissa teria feito o comentário em um momento de tensão familiar. Diego contou que ficou descontrolado, puxou a menina da cama, a jogou no chão e, em seguida, pegou uma faca na cozinha e a esfaqueou várias vezes, causando sua morte.
Situação judicial do caso
Diego Magalhães está preso preventivamente e responde por homicídio qualificado. Com o novo pedido de exumação, o caso pode ganhar novos desdobramentos, especialmente se forem identificados sinais de violência sexual.
A Justiça ainda irá analisar o pedido da defesa, que espera uma decisão nas próximas semanas.