Sindicalistas discutem futuro de Osasco na Câmara Municipal

Política

Na noite de terça-feira, 4, o Projeto “Osasco que Queremos” reuniu lideranças sindicais para pensar e discutir perspectivas para a cidade do ponto de vista da classe trabalhadora. O evento, que foi presidido pelo vereador Prof. Mário Luiz Guide (PSB), aconteceu na Câmara Municipal de Osasco e contou com a participação do diretor do Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco e Região, Gilberto Almazan, do presidente do Sindicato dos Funcionários Públicos de Osasco e Cotia (SINTRASP), Antônio Rodrigues dos Santos, do presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Construção Civil de Osasco e Região (STICCOR), José Roberto Silva dos Santos e da representante do Sindicato dos Empregados no Comércio de Osasco e Região (SECOR), Ana Rapini. Também participaram o presidente do Instituto de Previdência do Município de Osasco, Francisco Cordeiro da Luz, o ex-vereador e deputado federal, João Paulo Cunha, os ex vereadores Aluísio Pinheiro e Nelsinho Matias, a presidente do PSB de Osasco, professora Tereza Santos, o representante do Sindicato dos Trabalhadores da Sabesp, Antônio da Silva Ceará, entre outras lideranças.
Na abertura do encontro, o vereador Mário Luiz Guide explicou que a ideia do “Projeto Osasco que Queremos” é ouvir os vários setores da sociedade para saber como pensam o futuro da cidade. “Já tivemos um primeiro encontro com os empresários e, neste, estaremos ouvindo representantes de quatro importantes sindicatos da cidade. Numa próxima, iremos ouvir também representantes dos trabalhadores da saúde, educação e transporte”, disse o vereador.
Em busca de informações, o “Projeto Osasco que Queremos” tem realizado pesquisas em diversos bairros da cidade para ouvir os moradores. “De acordo com os resultados parciais, dos dados colhidos até agora, 90% querem uma boa rede de saúde pública, de 70% a 80% querem uma rede de educação de qualidade, de 50% a 60% querem mais segurança e de 40% a 50%, mais empregos e qualificação profissional dos jovens”, informou o vereador Mário Luiz.
Na avaliação do presidente do Sintrasp, “Toninho”, o projeto é muito interessante porque chama os trabalhadores para discutir e contribuir na busca de uma cidade melhor. Ele afirmou que, para os servidores municipais “a cidade que queremos é, sem dúvida alguma, uma cidade que tenha, em primeiro lugar, uma saúde pública de qualidade com valorização dos servidores públicos”. Ele disse ainda que os servidores querem contribuir para o crescimento da cidade, “mas é preciso investir em recursos humanos com capacitação e qualificação dos professores, valorização dos profissionais da saúde, geração de empregos e investimentos em saneamento, lazer, habitação e melhorias no trânsito.
O diretor do Sindicato dos Metalúrgicos, Gilberto Almazan, disse que é preciso trazer de volta as indústrias para a cidade e combater a desindustrialização que não é um problema só do município mas de todo país. Ele ressaltou que os trabalhadores vem sofrendo ataques aos seus direitos trabalhistas, principalmente após a reforma trabalhista e com a reforma da previdência do governo federal que está por vir. “O número de desempregados tem crescido muito, assim como os trabalhadores sem carteira assinada, com baixos salários e o trabalho intermitente”. Para Almazan, além de combater a desindustrialização na cidade “é preciso melhorar o tratamento com os servidores públicos que vem sendo maltratados há longas administrações”.
Para Ana Rapini, do Secor, “uma saúde de qualidade é necessária para toda população, é preciso fortalecer o SUS para melhorar a rede de saúde do município que está ruim. Ela ressaltou que também é “preciso valorizar todos os profissionais da educação, combater a evasão escolar no ensino médio, oferecer transporte de qualidade e intensificar a segurança na cidade”.
Na opinião do presidente do Sitccor, José Roberto “é necessário investir em políticas públicas de inclusão social, investir na valorização dos servidores públicos, gerar mais empregos e melhorar o trânsito na cidade”. Ele disse ainda que é preciso combater o trabalho informal, investir na qualificação e requalificação dos trabalhadores e melhorar a distribuição de renda na cidade.

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