Tipos de colágeno e tratamentos estético que minimizam a diminuição da proteína

Colunistas Dra Simone neri

Continuando o nosso mês especial sobre a importância do colágeno para o organismo, hoje, vamos falar sobre os tipos de colágeno disponíveis no mercado e tratamentos estéticos ou medicinais que contribuem para a formação da proteína no organismo.

Hoje, a indústria farmacêutica oferece o peptídeo de colágeno e o colágeno hidrolisado, que podem ser consumidos por via oral. As diferenças entre eles são basicamente o tamanho de cada molécula que os compõe. No caso dos peptídeos a molécula é menor, o que facilita a absorção e seu consequente aproveitamento pelo organismo. Quando a molécula é maior, como no caso do colágeno hidrolisado, apenas uma pequena parte é absorvida, outra parte é quebrada, e seus aminoácidos são absorvidos pelo corpo. Neste processo, os aminoácidos quebrados podem servir a outras funções no organismo.

O VeriSol® é um tipo de peptídeo bioativo de colágeno que atua nas camadas mais profundas da pele, agindo de dentro para fora, restabelecendo o metabolismo das células dérmicas com a administração de uma pequena dose diária. Estudos indicaram que esse colágeno apresenta vantagens em relação ao colágeno hidrolisado para aqueles pacientes que o usam por mais de 8 semanas. Isso ocorre porque o colágeno hidrolisado passa por processos industriais que o impede de atuar diretamente nas células da pele.

Já o Colágeno Hidrolisado é produzido a partir do colágeno nativo, que é encontrado em tecidos animais ricos em colágeno. Pesquisas evidenciam seu efeito positivo, por meio da ingestão, em doenças degenerativas dos ossos e articulações, ajudando a reduzir e prevenir dores nas articulações, perda de densidade óssea e envelhecimento da pele e melhora na cicatrização de feridas. Ele também atua positivamente em casos de queda de cabelo, já que o folículo piloso está inserido na papila dérmica, onde o colágeno está presente em grande quantidade.

Além dos colágenos consumidos como suplementos, existem também os tratamentos estéticos e medicinais, que contribuem para a formação do colágeno. Entre eles estão:

1-       Bioestimuladores de colágeno

Um dos tratamentos mais modernos para estimular o corpo a produzir colágeno são as injeções de PLLA, ou ácido polilático e a Hidroxiapatita de cálcio, substâncias aplicadas na camada subcutânea, que induzem restauração de colágeno dentro do tecido. São substâncias com efeito de tratamento gradual e com resposta que pode variar de indivíduo para indivíduo, devido às diferenças interpessoais como, por exemplo, idade, tipo e qualidade da pele; além disso, os resultados podem não ser evidentes por até várias semanas após o tratamento – um efeito que é diferente do colágeno e dos preenchedores de ácido hialurônico.

2-       Radiofrequência não ablativa

É um procedimento que trata a flacidez cutânea induzindo o aumento da temperatura do tecido a fim de estimular a produção de colágeno nas camadas profundas da pele e no tecido subcutâneo sem causar a ablação da epiderme.

3-       Laser e Terapias de Luz

Os lasers podem ser ajustados para atingir tecidos específicos de várias profundidades cutâneas. Os efeitos desejados dos lasers são obtidos quando os tecidos absorvem a energia da luz.

4- Laser ablativo fracionado

Ele realiza por mio de uma ablação térmica de colunas microscópicas de tecido epidérmico e dérmico em que o médico controla a intensidade, a profundidade, e o espaçamento entre as colunas de laser aumentando a eficácia em comparação ao laser não ablativo, mas com uma recuperação mais rápida. Esse tratamento promove a renovação colágena intensa e, por isto, é muito usado para o rejuvenescimento da pele.

5- Luz intensa pulsada

Na derme, esse procedimento causa uma inflamação controlada que estimula o fibroblasto e facilita a geração de colágeno e o rejuvenescimento da pele.

7- LED

Os LEDs emitem uma luz que estimula as mitocôndrias e reorganiza as células, resultando no chamado efeito da fotobioestimulação ou fotomodulação.

8-       MICROAGULHAMENTO

A técnica de microagulhamento pode atuar somente na camada da pele mais superficial (epiderme) ou na camada mais profunda (derme reticular). Por meio e canais ou “micro furos”, a técnica potencializa a penetração de substâncias cosméticas. Se utilizada mais profundamente causará micro lesões, e resultará na reparação e remodelação tecidual, estimulando a produção de colágeno sem remover a camada córnea mantendo a pele protegida e automaticamente com menor risco de desidratação e manchas.

9-       Radiofrequência microagulhada

Propicia o estímulo natural da produção de colágeno e elastina no tecido. O tratamento é realizado com microagulhas revestidas de ouro, que penetram de forma suave e controlada na pele, reduzindo potencialmente o desconforto durante a aplicação. Quando atingem a profundidade indicada, as agulhas passam a emitir a energia da radiofrequência, os benefícios do tratamento são duradouros, já que ocorre uma regeneração progressiva do colágeno nos meses seguintes à sessão. É excelente para o tratamento da face, pescoço e colo, além da correção de cicatrizes de acne, cirúrgicas e estrias.

10-     Ultrassom microfocado

O ultrassom microfocado atua no tratamento da flacidez facial por meio de microlesões térmicas nas camadas mais profundas da pele e na musculatura facial. Estas lesões geram um processo de retração do tecido flácido dando um efeito de lifting natural.

11-     Preenchedores Faciais

Não é um tratamento para repor o colágeno, mas por meio da injeção com substâncias específicas sob a área da pele a ser tratada, os preenchedores tem a finalidade de elevar a pele e diminuir a profundidade de sulcos, rugas e cicatrizes, as rugas. Um dos principais objetivos dos preenchedores é repor o volume da face, melhorar seus contornos e formas. Vários produtos podem ser usados como preenchedores, mas o ácido hialurônico é o principal preenchedor utilizado hoje. Ele é naturalmente produzido pelo organismo, mas essa produção cai com o passar dos anos.

Na próxima semana, vamos falar sobre a importação na reposição do colágeno para quem já está na menopausa. Não percam!

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *