O amor está muito batido. Não me atrai mais, pela forma como está sendo representado, se tornou fútil e artificial. Desde então, procuro uma definição diferente. Menos compreensão e mais sensação.
Vou clarear…
A definição da palavra “fetiche” é: objeto a que se atribui poder sobrenatural ou mágico e se presta culto. Há quem diz que é uma atração física. Mas com licença poética, poderíamos melhorar o contexto desse significado.
Meu fetiche é a conexão. A sintonia de fazer parte de alguém, como se fosse você mesmo. A sua extensão noutra pessoa. Mesmo que seja numa primeira vez, o que torna ainda mais intrigante os feitos do universo.
Meu fetiche é a pessoa alegre e contagiante, que ri com os olhos. Assim como de si mesmo. Sem nenhuma intenção de parecer perfeita aos olhos alheios. Perfeito mesmo é ser livre do roteiro e da etiqueta.
Meu fetiche é o toque que atinge algo além da carne… que chega de mansinho e cobre a alma. O toque de reconhecimento, de saudade mesmo que não faça sentido ter sentido falta. Meu fetiche é sentir que o tempo PAROU, e depois se assustar com o quanto ele PASSOU num piscar de olhos.
Meu fetiche é o olhar que fala tanto e tudo.
Entretanto, fetiches são difíceis de encontrar. Às vezes, por nos acostumarmos a conviver nas frustrações, nos distraímos para perceber a chegada do fetiche. É o risco que corremos ao remoer erros e pessoas erradas que obviamente não dariam certo. Talvez, por um deslize do universo, “o raio caia duas vezes na mesma cabeça”, mas a chance é quase nula.
O fetiche é uma bela palavra. Tem poder, magia, devoção, e sentimentos que talvez nunca tenham sido explorados. Talvez nunca se faça legível.
Só perde pro RARO, porque é tão difícil de encontrar.
Espero que você encontre o seu FETICHE, junto com o RARO. Caso consiga juntar as duas palavras na mesma linha, AGARRA. Você é uma pessoa de sorte, mas precisa ser corajosa. Tudo aquilo que nos preenche, também pode nos esvaziar se não soubermos dosar.
