Comer transtornado a janela para a Obesidade Infantil

Colunistas Erika Barbosa

Considerando o aumento da obesidade infantil nas últimas décadas um estudo com adolescentes relata uma tática inadequada sobre o controle e ganho do peso onde o foco maior é apenas o número que se vê na balança e usa de métodos como dietas restritivas e atividade física exagerado para diminuir esse percentual.

Nessa faixa etária da vida focar no peso pode tornar ineficaz e prejudicial contribuindo para uma preocupação exagerada com a alimentação e o corpo causando a perda de foco na saúde e diminuição da autoestima, motivação e discriminação corporal já que a obesidade tornou-se estigma daquilo que as pessoas não aceitam e a magreza virou sinônimo de saúde poluindo nossas crianças e levando essa realidade para cada fase da vida e tornando adultos tóxicos.

O comer transtornado abrange problemas alimentares e comportamentos disfuncionais levando a índices de compulsão alimentar dando início a uma população obesa e fissurada em se manter de dieta onde o prazer de comer para uma criança tornou-se um problema, sendo que as crianças tem um paladar mais seletivo, come pouco de alguns alimentos e muito de outros e se não tem a devida informação tendem a ter alto compensação se estão longe dos seus responsáveis, pois não se sentem monitorados e tem o poder de escolhas, já que o dia a dia entra no conflito da restrição.

Ainda tem quem acredita que crianças e adolescentes não entendem a condição de reconhecer o excesso de peso, embora haja o mito de que elas não se preocupam ou não se esforçam e acabam por desenvolver insatisfação com a imagem e o medo de comer e na medida que a idade vai avançando podem levar a abordagens prejudiciais (laxantes, diuréticos, vômitos autoinduzidos, etc).

Atitude como restringir uma criança ao prazer de se alimentar sem ao menos esclarecer o real motivo, induz o “COMER PROIBIDO É MELHOR” levando crianças/adolescentes a episódios frequentes de compulsão no primeiro contato com a comida, levando ao ganho de peso em curtos prazos.

Para reverter esse quadro e mudar essa realidade deve-se promover a prevenção desde as primeiras colheradas na infância, precisa focar no comportamento modificáveis e parar de pensar só em peso – Peso não é apropriado –  até porque peso não é um comportamento.

 

“PAREM DE ADOECER NOSSAS CRIANÇAS”

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