Sábado tem boxe do Brasil na vitrine do mundo. O campeão Patrick Teixeira coloca o cinturão da Organização Mundial em jogo na Califórnia e contra um desafiante feroz, o argentino Brian Castaño.
Catarinense de Sombrio, o brazuca arrebatou o título em novembro de 2019 e realizando um sonho que teve início bem lá atrás, projeto bancado por um empresário apaixonado pela nobre arte, Edu Mello.
Vários garotos dividiam um casarão em Santana de Parnaíba e treinavam no ginásio municipal. O boxe profissional dava os primeiros passos mas o manager já farejava as promessas.
Patrick Teixeira era um desses moleques. Cabelo escuro e bem liso, ficava uma poça de suor durante a malhação do boxe. Sempre ligado no combate, disse que também arriscou alguma coisa de arte marcial. Claro, a habilidade e qualidade dele seriam lapidadas no ringue e o empresário Edu Mello investiu forte nesses punhos.
Luta a luta, o canhoto foi conquistando tudo Brasil afora e pelo continente. Muitos e muitos gongos depois, chega 30 de novembro de 2019 e Patrick Teixeira vence o dominicano Carlos Adames (por pontos em 12 rounds).
Com o cinturão, o novo campeão mundial revive toda trajetória no boxe desde Sombrio até o casarão em Santana de Parnaíba. Mas também festeja o título com o coração pesado, pois em agosto de 2019 ele perdera Edu Mello – o mentor morre três meses antes de o pupilo levantar o sonhado título mundial.
A morte do empresário alterou toda rotina, não havia como segurar o projeto na cidade e Patrick Teixeira deixa Santana de Parnaíba por novo projeto, atualmente calça luvas pelo Memorial de Santos.
Sim, hoje ele tem outro reduto mas a história fica e o trabalho de Edu Mello segue nos punhos do canhoto de 30 anos que soma 31 vitórias com 22 nocautes e uma derrota; Castaño tem bem menos lutas mas posa de invicto com 16 vitórias para 12 nocautes, um empate.
