Escola dos solteiros

Colunistas Talita Andrade

Minha carreira solo me ensinou muitas coisas… afinal, passei por diversas fases e cada uma delas considero um padrão, porém, depende.

O tema de hoje é sobre SOLTEIROS. Poderia ser somente um estado civil, mas não, é uma escola com certificação.
Quando saímos de um relacionamento, das duas uma, “despirocamos” e emendamos uma balada na outra, assim como meia dúzia de bocas aleatórias. Ou entramos num estado de “BAD”, de entender o momento.

Não existe uma opção correta. Mas posso dizer que tem a melhor escolha, visando um futuro mais funcional.

Vamos explorar a situação: se o seu relacionamento acabou, tudo indica que não estava bom, pode ser que não tinha mais amor, atração ou houve quebra de confiança. E aí, quando a gente sai desse fracasso, da rotina e frieza, a probabilidade de ficarmos com outra pessoa e sentirmos uma grande excitação e encantamento, é enorme. As sensações de um novo encaixe, uma nova pessoa, traz uma euforia enorme, já que não sentia mais isso pelo ex.

Nesse caso, você não tirou um tempo para se conhecer, se ouvir e respirar. Focou em outra pessoa, outras sensações, desenvolver sentimentos e talvez até um novo relacionamento. E francamente, será caótico depois que a “novidade” passar.

Já pensou em tirar uns meses de abstinência amorosa? Se entender, se reconstruir, se blindar e aí sim, permitir se abrir de novo.

A decepção não é um estado de espírito, é um problema que precisa ser digerido e resolvido. E a solução NÃO é uma nova pessoa pra te preencher, muito pelo contrário, isso só atrapalha mais, pois ninguém que acaba de terminar um relacionamento está apto a analisar predicados de pretendentes. A gente quer é anestesiar a “BAD” com prazer. E isso é persistir no problema.

Vai por mim, tire um ano para ser solteira. Nesse tempo se reconheça, curta sua própria companhia. Saia para comer sozinha, fazer compras, pedir uma pizza e abrir um vinho vagabundo. S.O.Z.I.N.H.A.

A nossa companhia precisa ser confortável para nós mesmos, se não for, como queremos ser para o outro?
Como nos encaixar numa nova relação, se estivermos cheios de resíduos do outro amor? Não faz sentido.

É preciso limpar o sistema, renovar os ares, a aparência, a vontade e a vida. Ressignificar a rotina, os lugares frequentados e até as amizades. Deixar a rede social conjunta dar uma respirada, as fotos de casal serem esquecidas.

Não é pelo que vão pensar, e sim pelo bem que você vai sentir. Leveza, tranquilidade e paz emocional.

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