No dia 2 de junho, foi celebrado o Dia Mundial de Conscientização dos Transtornos Alimentares, uma data criada pela Academy for Eating Disorders com objetivo de conscientizar e dar apoio aos indivíduos afetados por essas doenças, que muitas vezes, ainda não cercadas de estigma e falta de compreensão.
Os transtornos alimentares podem afetar qualquer pessoa, em qualquer fase da vida. Não escolhem idade, gênero, classe social e etnia. Segundo o Ministério da Saúde, mais de 70 milhões de pessoas no mundo vivem com algum transtorno alimentar. Entre eles, a Anorexia Nervosa e Bulimia se destacam por estarem entre os transtornos mentais com as maiores taxas de mortalidade.
Esses transtornos têm origem multifatorial, ou seja, não existe uma única causa. Fatores genéticos, psicológicos, culturais e ambientais, podem favorecer o desenvolvimento dessas doenças. Atualmente, há preocupação excessiva com o peso e imagem corporal, pressão constante propagada pelas redes sociais. Esse cenário acaba abrindo espaço para o surgimento e agravamento dos transtornos alimentares. A campanha deste ano traz um tema importantíssimo “Transtornos Alimentares: Quebre o Preconceito e Apoie as Famílias”. A proposta é reforçar o papel fundamental das famílias e dos profissionais de saúde na identificação precoce e no cuidado. Ninguém escolhe ter um transtorno alimentar, e as famílias não são culpadas, pelo contrário são aliadas fundamentais no processo de tratamento. Um dos maiores desafios está em identificar comportamentos que foram normalizados pela sociedade, como fazer dietas, preocupação excessiva com o corpo e a aparência , além da má relação com a comida. Romper esses padrões é fundamental para a prevenção e o tratamento. A conscientização é o primeiro passo para a mudança. Falar sobre transtornos alimentares pode quebrar preconceitos e salvar vidas
