Ao longo do tempo, na nossa alimentação, sempre elegemos heróis e vilões, aqueles alimentos vistos como “salvadores da saúde” e outros como os grandes culpados. Essa história se repete com a manteiga e a margarina. Provavelmente, na época dos seus avós, eles cresceram comendo pão com manteiga, sem nenhuma preocupação. Hoje, no entanto, com uma visão mais reducionista focada em calorias e nutrientes isolados, muita gente passou a considerar a margarina como uma opção mais saudável. Mas será que é mesmo?
Vamos aos fatos: a manteiga é mais natural, ou seja, feita com poucos ingredientes, basicamente creme de leite e sal. Simples assim. O problema? Ela contém gordura saturada e colesterol, duas palavrinhas que assustam muita gente. Já a margarina é um produto ultraprocessado, feito à base de óleos vegetais e com adição de emulsificantes, aromatizantes e conservantes. Por não conter colesterol e ter menos gordura saturada, acabou ganhando fama de “mais leve”. De um lado, temos um produto menos processado, mas com gorduras temidas; do outro, um industrializado que soa mais “fit”.
Essa polarização é resultado do chamado terrorrismo nutricional, que nos fez acreditar que todo o alimento com gordura saturada e colesterol faz mal à saúde, engorda ou é inflamatório. Mas não é exatamente isso, um alimento pode ser prejudicial ou benéfico dependendo da forma, da quantidade, da frequência com que é consumido e das individualidades de cada pessoa.
Então, em vez de escolher um lado nessa batalha, talvez o melhor seja você refletir, como você está consumindo isso? Manteiga ou margarina? Vai do contexto, das suas preferências e do equilíbrio que faz sentido para você.
