O processo da mudança de comportamento alimentar

Colunistas Erika Barbosa

As mudanças de comportamento são entendidas como resultados de variados processos de aprendizagem e assim se aplicam ao comportamento de se alimentar.

E na nutrição dividimos esses comportamentos em condicionamento clássico que se aplica a carga emocional;

Condicionamento operante positivo que está ligado a algum tipo de comportamento de outrem como elogios ou premiações;

E o condicionamento negativo que são aqueles que se mantem para evitar desconfortos ou sensações desagradáveis.

E no processo de mudança de comportamento, as emoções e hábitos podem ser aprendidas e desaprendidas, exemplo: uma criança pode desenvolver o medo de baratas por observar a reação que a sua mãe tem perante o animal. Assim como não comer determinado alimento, porque passou a vida toda ouvindo que aquilo não era bom.

O processo de mudança do ser humano é algo complexo e para que sejam alterados precisam estar preparados, levando em consideração que a mudança de comportamento não vem só da educação e nem da persuasão, muito menos da falta de vergonha na cara.

A importância de criar um novo comportamento exploratório deve ser enfatizado dia após dia e colocado na prática, já que o só querer não é suficiente, criar um bom vínculo com aquilo que se propôs pode encorajar a explorar novas possibilidades com garantia de sucesso.

A mudança é feita de pequenos passos, bem mais que grandes saltos, tanto já vimos processos de emagrecimentos fracassados por estratégias descabidas e zero hábitos criados.

Mesmo com todas as informações ainda tem quem persistem numa dieta de valor energético muito baixo, perdem até 20kg em média em 12 a 16 semanas. Porém a maioria recupera o peso dentro de um curto período de tempo. Muitos reiniciam o processo e recomeçam o mesmo ciclo.

Enquanto não tiver a consciência que mudança de comportamento é o mais viável, estará preso no mundo de dietas.

Sou incansável no conceito “EQUILÍBRIO”, nenhum comportamento é alterado se não tiver um estímulo ou elemento motivador, por isso que falo, que só querer não adianta, você precisa de algo que faça caminhar para frente, independente do que vai acontecer nesse percurso.

Criar hábitos não é impossível, quando se cria aquele pensamento de que não há jeito de mudar, automaticamente está negando o problema, racionalizando e ficando na defensiva, e não os culpo, porque vivemos numa sociedade engessada que ainda acredita que para ter saúde é apenas ter um corpo construindo em academias e comendo o que não gosta.

A mudança de comportamento alimentar vai além de dietas e horas em academias, comportamento é se conectar com o seu “EU” interno, é entender o seu tempo e preferências, é viver dentro da sua realidade. Hábitos têm que ser construídos e só assim a aderência do que foi planejado será solidificado.

Resumindo: uma alimentação bem variada e balanceada, a prática regular de exercícios físicos, o controle do estresse, a adoção de um comportamento preventivo, são componentes da categoria estilo de vida, que podem ser modificados para viver melhor, com qualidade.

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